quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Xadrez e os Valores Morais


Você já parou para pensar como o jogo de xadrez influencia a sua vida?
Vitórias, derrotas, amizades, frustrações, anseio, dedicação, coragem, paciência, tolerância... Quais são os seus valores? Até onde a prática do jogo de xadrez colabora para o desenvolvimento moral do indivíduo?

Com estas questões em mente, a especialista em Educação Especial Inclusiva e Psicopedagogia Dilair Cruz Oliveira Dâmaso desenvolveu um estudo detalhado e cheio de surpresas. Lasker já relatava a grandiosidade do xadrez por denotar “o valor de qualidades como a prudência, diligência, a visão e o conhecimento”. A moral se desenvolve, passando por três estágios: Anomia, Heteronomia e Autonomia. "Na fase da moral heterônoma, observamos que o jogo de Xadrez possibilita o abandono do egocentrismo e a descentração do pensamento, sendo este um exercício importante para a aquisição da alteridade (...) Observamos que ao jogar, todo xadrezista necessita analisar cada movimento; pensar em cada ação realizada pelo “outro”; imaginar suas possibilidades e planos de jogo; sendo esta uma oportunidade de saída de si mesmo, de descentração do pensamento".

Assumir-se a si mesmo; fazer escolhas e responsabilizar-se pelas conseqüências de nossos atos faz parte do processo de conquista da autonomia. A prática do jogo possibilita o perceber-se a si mesmo, transformando nossa maneira de ser e ampliando nossa forma de conviver com os outros. Possibilita o abandono do egocentrismo, a descentração do pensamento e o desenvolvimento do indivíduo.

Dilair conclui que a hipótese de que o jogo de Xadrez é uma importante e estimulante estratégia para o desenvolvimento moral e ético da criança é verdadeira. E é para a vida toda.

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